As luzes se acendem. Letícia recostada no carro dá saborosas colheradas em seu potinho de arroz doce.
Arthur entra em cena, trazendo um saco plástico e uma lata de coca light, que dá a ela.
Arthur – Não existe mais o Hotel do Golfinho.
Letícia – Mas a menina ainda existe...
Olha ao longe para evitar encará-lo.
Letícia – Olha ali! É a mãe dela!
Arthur – É mesmo! Foi na farmácia...
Letícia – Será que ela ainda mora naquela casa?
Arthur – A gente vai ter que falar com ela ainda... Mas agora não.
Letícia – As meninas param de falar quando ela entrou.
Arthur – As do balcão?
Letícia – É! Olha só!
Arthur – Isso é um estabelecimento comercial! É claro que pararam, é o trabalho delas.
Letícia – Não! Elas pararam...A outra foi mexer nas prateleiras...A loirinha, olha como ela tá sendo gentil.
Arthur (irritado) – Elas tão trabalhando?
Letícia – Não. Olha ela trocando as caixas na prateleira, eu trabalhei em loja...
Arthur (incrédulo) – Tá certo.
Letícia – Olha! Muito gentil... Elas tão nervosas... Com medo de rir... Será que aconteceu alguma coisa...
Arthur (sarcástico) – Acho que uma senhora de meia idade acabou de comprar remédio.
Letícia – ... com a Fátima?... Tá saindo?
Arthur – Que foi, não quer que ela te veja?
Letícia (dá os ombros) – Mas não quero não, não assim.
Arthur – Já foi...
Letícia volta-se para a farmácia.
Letícia – Vacas.
Alguns segundos de silêncio.
Letícia – Vamos achar um hotel?
Arthur assente, e entra no carro.
Letícia arruma o cabelo na frente do retrovisor.
Arthur – Só uma coisa...Você perdeu ou não a virgindade no Hotel do Golfinho?
Letícia (ri) – Eu nunca nem entrei naquele hotel.
Arthur – Então porque você insinuou que sim?! Quando eu disse que o hotel tinha fechado, você disse que a menina ainda existia...Que menina você tava falando, você ou a Fátima?
Letícia – Eu, mas era zoeira.
Arthur – Porque você disse isso então?
Letícia – Eu faço coisas, que não tem explicação.
Cena 8
O assassino entra no banheiro do posto.
Passa pela porta do toalete fechado e vai até a pia. Arregaça as manda e se banha até a nuca. Passa a escova nos dentes, cospe, checa o hálito e a aparência em frente ao espelho.
Vai até o toalete fechado e abre a porta. Não há ninguém mas inscrições na parede.
Telão: Perdeu!!! Te quero só às 15:00 h. Me afoga de 4 aqui.
Abaixo, o desenho de uma grande seta vermelha indicando a privada.
.
Arthur entra em cena, trazendo um saco plástico e uma lata de coca light, que dá a ela.
Arthur – Não existe mais o Hotel do Golfinho.
Letícia – Mas a menina ainda existe...
Olha ao longe para evitar encará-lo.
Letícia – Olha ali! É a mãe dela!
Arthur – É mesmo! Foi na farmácia...
Letícia – Será que ela ainda mora naquela casa?
Arthur – A gente vai ter que falar com ela ainda... Mas agora não.
Letícia – As meninas param de falar quando ela entrou.
Arthur – As do balcão?
Letícia – É! Olha só!
Arthur – Isso é um estabelecimento comercial! É claro que pararam, é o trabalho delas.
Letícia – Não! Elas pararam...A outra foi mexer nas prateleiras...A loirinha, olha como ela tá sendo gentil.
Arthur (irritado) – Elas tão trabalhando?
Letícia – Não. Olha ela trocando as caixas na prateleira, eu trabalhei em loja...
Arthur (incrédulo) – Tá certo.
Letícia – Olha! Muito gentil... Elas tão nervosas... Com medo de rir... Será que aconteceu alguma coisa...
Arthur (sarcástico) – Acho que uma senhora de meia idade acabou de comprar remédio.
Letícia – ... com a Fátima?... Tá saindo?
Arthur – Que foi, não quer que ela te veja?
Letícia (dá os ombros) – Mas não quero não, não assim.
Arthur – Já foi...
Letícia volta-se para a farmácia.
Letícia – Vacas.
Alguns segundos de silêncio.
Letícia – Vamos achar um hotel?
Arthur assente, e entra no carro.
Letícia arruma o cabelo na frente do retrovisor.
Arthur – Só uma coisa...Você perdeu ou não a virgindade no Hotel do Golfinho?
Letícia (ri) – Eu nunca nem entrei naquele hotel.
Arthur – Então porque você insinuou que sim?! Quando eu disse que o hotel tinha fechado, você disse que a menina ainda existia...Que menina você tava falando, você ou a Fátima?
Letícia – Eu, mas era zoeira.
Arthur – Porque você disse isso então?
Letícia – Eu faço coisas, que não tem explicação.
Cena 8
O assassino entra no banheiro do posto.
Passa pela porta do toalete fechado e vai até a pia. Arregaça as manda e se banha até a nuca. Passa a escova nos dentes, cospe, checa o hálito e a aparência em frente ao espelho.
Vai até o toalete fechado e abre a porta. Não há ninguém mas inscrições na parede.
Telão: Perdeu!!! Te quero só às 15:00 h. Me afoga de 4 aqui.
Abaixo, o desenho de uma grande seta vermelha indicando a privada.
.
Comentários