M.


Eu amo você.
Compreendi isso quando passei a sentir falta de tudo o que nunca tive.

Sei sobre o perfume em torno do seu corpo.
Do aroma doce e perpétuo que gira ao redor de toda sua gravidade.
Compreendo com perfeição o que é ser diluído entre suas mãos e língua.
Até minha mais fundamental e alquímica essência não poder ser dividida.

Sei como é constante e incômoda sua ausência.
Quando respiro. Quando deixo o ar escapar.
Apenas nesses momentos lembro de você.

Sei como é sua falta.
Como é seu toque, seu gosto e sua fome.

Sei como é me deitar tendo você como último pensamento.
Como é adormecer com minhas mãos em suas costas.
Cobrindo a distância da coluna até a nuca.

Sei o que é me preocupar com você.
E o que significa enfrentá-la, esperá-la, detê-la, guiá-la.
Sei o que é desejar voltar por seu caminho.
E aguardar seu retorno por meus desvios.

Mesmo sem estar nos seus braços.
Na sua boca ou palavras.
No seu dia ou braços.
Nesses espaços.
Nesses intervalos.
Nesse seu e entre você.

Eu compreendi que passei a sentir falta e saudade de tudo o que nunca tive.
Eu amo você.


M.



Comentários

Juliana Delmonte disse…
também amo você, Moa!

;)
Anônimo disse…
^.^

genial!