Sou uma poesia não rimada
Levo um nome
Mas não sou de ninguém
Não me registraram
Não tenho pais
Sei que tenho nacionalidade
Mas não sei exatamente da onde
Sei que sou escrita em português
Sei que estou ligada ao pré-modernismo
Mas sou órfã
Existe o nome do meu autor
Este que não me reconhece
Pois não me registrou
Não me assumiu
E se acha meu pai biológico
Se você me lê
Roube-me
Registre-me e assuma-me
Como sua obra
Sei que não sou bela, mas não quero ser mais órfã
Não importa palavras se não forem lidas
Não importam pensamentos se não geram reflexão
Não me importo comigo mesma
Só queria ter um pai, uma mãe
Mesmo não existindo mais, por ser um último verso lido
Levo um nome
Mas não sou de ninguém
Não me registraram
Não tenho pais
Sei que tenho nacionalidade
Mas não sei exatamente da onde
Sei que sou escrita em português
Sei que estou ligada ao pré-modernismo
Mas sou órfã
Existe o nome do meu autor
Este que não me reconhece
Pois não me registrou
Não me assumiu
E se acha meu pai biológico
Se você me lê
Roube-me
Registre-me e assuma-me
Como sua obra
Sei que não sou bela, mas não quero ser mais órfã
Não importa palavras se não forem lidas
Não importam pensamentos se não geram reflexão
Não me importo comigo mesma
Só queria ter um pai, uma mãe
Mesmo não existindo mais, por ser um último verso lido
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