photo by Danilo Lodi
Ímpar.
Simples.
Pessoal.
Três décadas passam rápido.
Mas o que é que o tempo ensina? Será que o tempo ensina?
Me pego pensando em cada ano que passou.
Em todas as pessoas que se foram. Nas que ficaram. Por que ir? Permanecer pra quê? Por que é que o tempo traz mais perguntas?
Sempre achei que quanto mais velho ficasse, mais respostas teria.
A previsão é sempre incerta.
Gosto de estar errado...
Não digo que o presente é pior que o futuro imaginado no passado. Também não confirmo que os sonhos se realizaram. Aliás, as expectativas infanto-juvenis são inexplicáveis e os ingênuos devaneios dão lugar à crua realidade.
Não dura: crua.
E agora não basta mais pensar adiante, mas existe a urgência de lembrar o que foi previamente planejado, tentar compreender o que aconteceu e, simultaneamente planejar os próximos anos.
O passado do presente do futuro.
3 tempos.
Gosto do número 3...
Hoje é meu 30º aniversário. Os cabelos brancos são inevitáveis, assim como as piadas. Os amigos mais antigos são os que menos me levam a sério. Só podem estar de brincadeira. Sempre podem!
O fato de não me levar a sério é uma conquista.
Conquistei a certeza de que nada é certo, imutável e, mesmo assim, tenho profunda convicção de algo em mim nunca muda.
Gosto de ser bobo...
Escrevo em tom distante e arrogante para tentar mistificar o que é simples: não existem respostas absolutas, mas intermináveis quantidades de perguntas. E um leve sorriso estampa meu rosto enquanto me explico para mim mesmo.
Gosto de ser cínico...
Já se passaram 3 horas desde que comecei a escrever.
Eu gosto do número 3.
Ímpar.
Simples.
Pessoal.
Três horas passam rápido.
Mas o que é que o tempo ensina? Será que o tempo ensina?
Gosto de aprender com o tempo...
ou não?
Texto Danilo Lodi
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